Autor Desconhecido. Rei Davi Carregando a Arca da Aliança em Jerusalém. |
2. Papa Bento XVI também utilizava os termos de sempre, como se pode observar numa última audiência geral, feita antes de anunciar sua renúncia pouco tempo depois. Até São João Paulo II não precisaria ter seu pontificado recordado, uma vez que promulgou o Catecismo da Igreja Católica, que por sua vez utiliza o termo Antigo Testamento. Audiência geral de 16 de janeiro de 2013 (Papa Bento XVI).
Catecismo da Igreja Católica (Vaticano).
3. Testamento tem seu significado partindo do termo grego “diatheke”, traduzido ao português pela palavra “aliança”. Neste ponto, antes de trazer qualquer aspecto da teologia sem precisão, perceba a confusão que causam aqueles que tratam por “Primeira Aliança” as alianças entre Deus: a) e Noé; b) e Abraão; c) e Moisés; d) e Davi.
4. Alianças que prepararam a humanidade à compreensão sobre o custo do pecado e o preço que devia ser pago por Jesus Cristo: “porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados.” (Mt 26, 28), onde o novo se opõe ao antigo semanticamente, porém, dando cumprimento teologicamente.
5. Reservadas discordâncias extremamente pertinentes, como se verá no presente parágrafo, certamente o artigo do Padre Cássio Murilo Dias da Silva pudesse ser conferido no intuito de entender que tal questão já se debate, apesar de desnecessariamente, uma vez que, por sua conclusão e possível notar tendências subversivas. “Novo” ou “Segundo” Testamento? (Padre Cássio Murilo Dias da Silva).
6. Na conclusão do Padre Cássio Murilo, qual seja, “Terminologias vêm, terminologias vão”, nota-se as tendências subversivas denunciadas aqui no blog, mesmo que ele não perceba ou mesmo percebendo tenha posto tudo como alerta, já que se coloca contra essa mudança descabida. Neste ponto, permita-se estender a leitura e entender que tal percepção leva o autor a admitir “Permanece para sempre somente a Palavra de Deus... seja lá o que isso signifique exatamente!”, especialmente por anteriormente ter conjecturado “Talvez a unanimidade venha por uma terceira via”, relembrando que tal estratégia foi utilizada pelos enciclopedistas à precipitação de revoluções, valendo conferir A Enciclopédia Maçônica da Revolução Iluminista, restando evidente que uma alteração de “Antigo Testamento” para “Primeiro Testamento”, por si só, ao certo não tem seu fim ali, mas que causa uma fenda numa coisa que nunca foi aberta, donde, forjando-se um problema entre “A” e “B”, pensar em “C” ou mesmo “D” parece ser uma via resolutiva, anulando o certo pelo errado na adoção de algo novo, integralmente convencionado ao cumprimento de sabe-se-lá-o-quê, conforme refletido em Instruções ao Pensador VII, mas que, independentemente do que possa ser, já se apresenta de maneira a subverter e contrária à Tradição de imediato. Além disso, repercute contra o Magistério, que vem usando os termos de sempre ao se comunicar, exempli gratia, seja pelo Romano Pontífice ou através dos dicastérios, podendo tal inovação ser observada em escritos publicados na página da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ou CNBB, lembrando que o que é mostrado é a incidência da terminologia inovadora, mas sem imputar aos autores intenção de subversão, apesar dos pesares, uma vez que, consoante as explicações já oferecidas, consequências são aguardadas disto tudo, como se vê ao mudar de Novo Testamento para “Segundo Testamento” sem uma necessidade, exceto por uma questão afetiva e fatalmente subjetivista. A Sagrada Escritura: o AT se cumpriu no NT (CNBB).
Cada um por si e Deus por todos! (CNBB).
Luz para o meu caminho (CNBB).
“Corrompeu-se o teu povo” (CNBB).
7. Veja que essa alteração de Antigo Testamento para “Primeiro Testamento” procura concordar não com Novo Testamento, mas com “Segundo Testamento”, donde, assim como fizera Padre Cássio Murilo, questiona-se se acaso consta no Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus “o sangue da Segunda Aliança” — irônico?
8. Ironia é buscar sustentar o insustentável! Sabendo que tal alteração é afetiva e subjetiva, deixa de achar uma justificativa teológica para isso, revelando sua capacidade subversiva, mesmo que num estado de latência, fazendo emergir discussões superadas sobre o valor da Lei, justificação pelas obras ou qualquer heresia judaizante.
9. Honrando a memória de Nosso Senhor, conservar-se-á sempre aquela terminologia que se põe antônima à expressão utilizada por Jesus Cristo, que por não ter utilizado a expressão “sangue da Segunda Aliança”, por certo não pode ser também “Primeira Aliança”, mas tão somente “Antiga Aliança”, portanto, “Antigo Testamento”. Para referenciar esta postagem: ROCHA, Pedro. Antigo ou "Primeiro" Testamento? Enquirídio. Maceió, 10 set. 2024. Disponível em https://www.enquiridio.org/2024/09/antigo-ou-primeiro-testamento.html.
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