12.1.24

Liberte-se das Manchetes!

Até que parem de ler as notícias da maneira que vêm fazendo, sofrerão com a subversão midiática (reconhecida por manipulação) – e o intuito aqui será livrá-lo(a) disso de forma prática, através da análise do armadilha ideológica embutida numa reportagem da BBC em meados de 2023.
Tito Lessi. Impressor Bernardo Cennini na sua Oficina.
1. Seja BBC, CNN ou qualquer outra emissora de televisão e/ou rádio, todas possuem apenas uma natureza mercantil, voltadas à lucratividade, devendo agradar não ao seu público, mas tão somente aos investidores e anunciantes. Vale dizer que lucro não significa só percepção monetária, mas, sobretudo, influência. Para isso, observe que uma campanha disseminada por radiodifusão ou internet não necessariamente tem por objetivo angariar dinheiro na promoção de produtos ou serviços, direta ou indiretamente, como é o caso da reportagem que vai ser analisada nos próximos parágrafos, lembrando ainda a mídia de controle estatal, como há na China, embora aquelas que são declaradamente independentes possam ser aparelhadas por governos transitórios em democracias corruptas através de pagamentos indiretos, concessão de privilégios, até que uma tenha seu quadro operacional composto por militantes ideológicos – dando ao poder em vigor uma blindagem midiática, instrumentalizada pela implementações de conteúdos subversivos em um processo de manipulação das massas com informações falseadas como forma de preservar o conjunto de interesses daqueles que governam.

2. Em maio de 2022, porém, televisionada no exterior alguns meses antes, um vídeo não muito longo foi publicado no canal de YouTube da BBC News Brasil com o título “Por que tantos alemães estão migrando para o Paraguai?”, que aparentava ser uma investigação voltada a buscar respostas sobre essas imigrações da desenvolvida Europa ao continente subdesenvolvido latino-americano, embora seja mera peça para controle de opinião, pois, o que é que levaria as pessoas da Alemanha a saírem de lá em busca de abrigo em pequenas cidades interioranas do Paraguai? Verdade é que o território paraguaio contém colônias alemãs muito antigas, como há no Brasil, salvo engano desde 1824, com uma ocupação laboral prioritariamente ruralista, mas que demonstra uma industrialização em desenvolvimento e consequente melhoramento econômico daquele país, como houve em território brasileiro, mas que já não consegue ser tão atrativo. Porém, nenhum desses contextos são abordados na reportagem, cujo foco seriam quatro assuntos centrais:
  • Denunciar a ilegalidade de imigrantes alemães;
  • Promover a agenda vacinal no Paraguai;
  • Amortizar o impacto da imigração muçulmana na Europa;
  • Reposicionar a opinião pública sobre racismo.
3. Resumidamente, alemães descontentes com o resquício de governo da luterana Angela Markel e início do ateu Olaf Scholz (ambos socialistas, ex-chanceler e o atual da Alemanha, respectivamente), especialmente pelo rigoroso controle estatal no período da pandemia de coronavírus, supostamente optaram por emigrar para países mais flexíveis quanto à vacinação, obrigatória à população em diversos países no mundo, incluindo o Brasil (através de privações de direitos), embora tal narrativa não prospere, uma vez que buscaram o isolamento em colônia rural própria, mantendo relações dentro da legalidade com instituições públicas e privadas paraguaias e pelo fato de algumas famílias terem inicialmente apoiado a campanha vacinal alemã, mesmo sendo mais dura. Na reportagem a família Housen é apresentada com uma filhinha pequena, sendo a razão pela qual decidiram literalmente fugir de lá, ou seja, para preservar a integridade da menina, porém, contra o Covid-19? Verdade é que o vírus serviu ao falseamento empreendido por aquilo que deveria ser só uma produção jornalística, mas que terminou atingindo seu objetivo ao ocultar uma situação terrível na Europa, pois, como se sabe, diversas outras agências de notícias (exemplificadas através de portais brasileiros) passaram a replicar idêntico conteúdo, conforme inicialmente divulgado pela BBC.
4. Quando a família Housen foi questionada sobre o motivo da emigração, responderam, mesmo de maneira que pareceu bem ingênua, pois eles prezavam pela diplomacia (nitidamente perceptível): as barbaridades causadas por muçulmanos e a imposição da “sharia” ou “sistema jurídico” islâmico “baseado” no Alcorão. Informação revelada tão somente por pressão proposital realizada pela jornalista – deste ponto em diante tratada como agente (responsável pela subversão), cujo nome será evitado neste artigo, embora sua vinculação às hipocrisias socialistas de manipulação da opinião pública seja amplamente apresentada com referências inquestionáveis – ao “inofensivamente” perguntar “qual é a diferença entre muçulmanos emigrados para a Alemanha e vocês, europeus, emigrados para cá [ao Paraguai]?”. Logicamente que uma pessoa com formação suficiente para trabalhar no âmbito jornalístico da BBC e CNN, que foi seu emprego anterior, sobretudo como produtora, repórter, editora e social media, entende bem que existe uma excomunhal diferença entre adeptos do islã e o resto dos povos do mundo inteiro. Diferentemente, provar aquilo que foi colocado no primeiro ponto desta análise, relativa à composição do quadro operacional de empresas de notícias por militantes ideológicos, talvez esteja mais próximo do que se poderia pensar, mesmo Yuri Bezmenov, ex-KGB e o principal contraespião ocidental, responsável por denunciar abertamente os métodos subversivos legados pela União Soviética.

5. No final da reportagem, depois de muito corroborar argumentos que colocassem aqueles alemães numa condição análoga ao neonazismo, tentou imputar à última entrevistada (ao menos na sequência de um vídeo obviamente fora de cronologia e projetado para sustentar uma narrativa) uma “posição racista”, mas por ela ter ali denunciado os assédios e estupros de garotas em espaços públicos por muçulmanos na Alemanha, justamente por elas não andarem cobertas, como assim impõe a “sharia”, algo que pela agente restou classificado como “acusação forte”, pedindo provas sobre essas alegações – mesma técnica usada contra a família Hausen no intuito de reverter a denúncia em alegação infundada, gerando no espectador uma ideia de que as pessoas que respondem às perguntas são mentirosas ou meramente hipócritas (quando os alemães se posicionam negativamente sobre imigrantes muçulmanos, assim como pode o povo do Paraguai se posicionar contra aqueles, motivo pelo qual alguns depoimentos negativos paraguaios foram inseridos para manipular a opinião das massas contra a imigração alemã). Esta relação forçosa entre temas é tática, como será visto.
O que não é possível em nenhuma hipótese pelos muçulmanos, que vão sempre aplicar o “sistema jurídico” islâmico, qual seja, “sharia”, em detrimento das regras dos países que lhes dão abrigo, como é visto na França e Portugal mais recentemente.
6. Quando a agente relativiza a denúncia de estupro de garotas em espaços públicos na Alemanha com a incapacidade de provar aquilo que disse a entrevistada (muito embora sejam fatos amplamente verificáveis), imputando-lhe uma “posição racista”, força-lhe buscar remendar suas colocações, adaptando-as em qualquer coisa mais aceita pelo senso comum e consequentemente para apaziguamento das massas, caindo em contradição ao dizer “Seja você negro ou branco, amarelo ou vermelho, rico ou pobre, não importa; a única coisa que importa é o coração e ter respeito por qualquer cultura” – o que não é possível em nenhuma hipótese pelos muçulmanos, que vão sempre aplicar o “sistema jurídico” islâmico, qual seja, “sharia”, em detrimento das regras dos países que lhes dão abrigo, como é visto na França e Portugal mais recentemente. Assim sendo, observando os objetivos da reportagem, contanto que aceitassem as vacinas contra o coronavírus (que não imunizam, embora previnam de maneira comprovada cientificamente os agravamentos causados pelo vírus) e evitassem criticar as ondas de imigrantes praticantes do islã na Europa, talvez tudo estivesse sido desnecessário, mas por existirem opiniões divergentes, então a mídia é acionada para desmantelar qualquer contrariedade que atrapalhe os interesses dos investidores e anunciantes, conforme visto anteriormente no ponto um deste artigo, figurados em governos, assim como organizações internacionais ou bilionários que financiam o socialismo no mundo.
Livre de violências machistas, com aborto livre e gratuito.
7. Falando em socialismo e inevitavelmente em hipocrisia, estranho a agente se referir à família Housen como “vocês, europeus”, uma vez que também é europeia, nascida na Espanha, conforme sua biografia no site de um festival de literatura de caráter progressista, patrocinado pela BBC (dentre outras), realizado originalmente no condado de Powys, País de Gales, embora também tenha feito edições em outros locais, inclusive em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, na edição do ano de 2020, mas sem sucesso entre os muçulmanos, que não foram muito receptivos aos avanços europeus no tocante às liberdades literárias de influências revolucionárias. Como toda fórmula de subversão socialista foi empregada naquela entrevista, evidentemente que deixar de buscar informações que vinculassem aquela agente à ideologia correspondente, apesar de difícil no meio jornalístico (tudo muito meticuloso para ocultar rastros que comprometessem a imparcialidade já amplamente descreditada), seria como cruzar o Oceano Atlântico a nado só para “morrer na praia". Assim é que o nome dela apareceu nas pesquisas na relação de pessoas a comporem a plataforma Sumar (proveniente de dissidentes do PSOE ou Partido Socialista Operário Espanhol), partido político espanhol de extrema esquerda. Apesar de evitar o termo socialismo, enquadra-se como progressista, bastando dizer que sua líder Yolanda Díaz defende uma visão de mundo “livre de violências machistas, com aborto livre e gratuito”. Pouco depois, achando o próprio perfil no “X” da agente, lá se encontram suas principais informações: “Xornalista galega [proveniente da Galícia, comunidade espanhola autônoma]. Agora com @sumar e @SumarGacilia no Congreso. Antes, no @bbcnewsworldservice com @bbcmundo, @CNNEE e @CNNMex en Reino Unido e México [representados pelas respectivas bandeiras em emoji]” – caso sua conta seja apagada, modificada ou alterada ao menos a biografia acima copiada, solicite as capturas de telas ao: enquiridio@protonmail.com.
8. Os socialistas são identificados facilmente, como se nota, através de um “ditado” que não pode ser, por ausência de referências probatórias, atribuído a Vladmir Lenin, como alguns fazem, embora sintetize como agem: “acuse-os do que fazes; chame-os do que és”. É o que se vê na reportagem analisada e disposta na sequência. Todas essas informações revelam que inexiste imparcialidade no jornalismo como pressuposto fático, pois, teoricamente, deveria ser essencialmente imparcial. Assim é que a pretensão mercantil da BBC se revela através do quadro operacional composto por militantes ideológicos que mantém, mas tão somente por uma espécie de mercenarismo de comunicação maquiavélica ou simples adesão à ideologia de partidos políticos de esquerda, pouco ou nada importando em qual país seja, se na Inglaterra, Espanha, Alemanha ou Paraguai. Isto, pois diferentemente do que se poderia imaginar qualquer um mais desavisado, existe uma coesão nesses movimentos progressistas, porém, menos na forma de manifesto ou algo do tipo, mais como raiva ou ódio às instituições conservadoras, que não sendo passíveis às concepções como aborto, eutanásia, homoafetividade dentre tantas, tornam-se alvos prioritários de quaisquer matérias jornalísticas difamatórias, caluniosas e injuriosas. Neste ponto, muitos desses diversos ataques são direcionados à Igreja Católica, que por ter dois mil anos (e o verdadeiro legado apostólico), certamente representa a rival mais antiga de todas as ideias revolucionárias, independente das nomenclaturas adotadas no tempo e espaço, motivo pelo qual tais acabam encontrando amparo em cismas, como no caso do luteranismo, donde surgiu Angela Merkel, ex-chanceler da Alemanha por dezesseis anos consecutivos. Foi sua turva visão de mundo que possibilitou a entrada sem critérios de milhares de muçulmanos em território alemão desde 2008, com uma progressão agravada de 2014 para 2015, quando os casos de estupros de garotas em espaços públicos se avolumaram, praticamente forçando a migração da família Hausen, assim como de tantas outras, ao Paraguai e outros países, muito antes de acontecer a pandemia de coronavírus, iniciada em 2019. Em comparação, na França, aonde foram bem menos imigrantes islâmicos, tem sua projeção populacional para 2057 totalmente islamizada se continuar dessa forma, segundo o INSEE ou Institut National de la Statistique et des Études Économiques, pois, como já dito aqui, ninguém no islã se deixa impor, exceto por sua “sharia”.
9. Para Yuri Besmenov, “No caso das ‘nações em desenvolvimento’ (este era o campo onde eu atuava), o processo tem começo quando os órgãos do poder legítimo, da estrutura social, colapsam – eles não funcionam mais. Portanto, aqui temos a injeção de órgãos artificiais para dentro da sociedade, como os comitês de gente não eleita (lembra-se de que falei deles?): ‘assistentes sociais’, que não foram eleitos pelo povo; o pessoal de ‘mídia’, que se impõe na condição de gestores da vossa opinião; alguns grupos estranhos, que afirmam saber como irão guiar a sociedade adiante (eles não sabem; geralmente o que lhes interessa é só como irão coletar doações e como conseguir vender sua ideologia misturada, a sua mistura de religião e ideologia)”. Tudo isso está disponível no YouTube ou no livro “Subversão: teoria, aplicação, e confissão de um método”, lançado pelo selo AUDAX. E o que a BBC fez foi justamente balizar a opinião de um público naquela reportagem, conduzida por quem não nega mais sua vinculação com ideologias socialistas (progressismo, abortismo, feminismo, ecologismo etc.), que não apenas revelou sua orientação política partidária, mas sua nacionalidade, anteriormente em ambiguidade, provando que tais agentes não são infalíveis, mas que detectá-los depende de equívocos cometidos ou quando se entregam pela própria vontade – como pode ter sido neste caso. Tente fazer o rastreio de um jornalista que tem por serventia a desestabilização em um processo de subversão: ou se torna difícil, ou se verifica impossível dado a duas condições, quais sejam, todos os dados pessoais são sigilosos ou simplesmente a pessoa não faz parte do sistema, embora por ele tenha alguma adesão ideológica, podendo servir como recurso sem que perceba – para convencer um cavalo a correr muito mais rápido, basta fazer com que pense estar indo no caminho de volta para casa. Portanto, agentes são criados não com treinamentos intensivos do KGB na Sibéria, mas por aproveitamento de ambições que coadunem objetivos semelhantes. Assim sendo, espera-se aqui do leitor não uma aceitação imediata das informações prestadas pelo blog, mas que, partindo desta longa provocação, passem a adotar critérios na apreciação de quaisquer matérias jornalísticas. Lógico que uma manchete sobre um engavetamento na ponte (imediatamente associando ao engarrafamento que enfrentou indo ao trabalho) parece inofensiva do ponto de vista objetivo, donde alguém até poderia se alongar mais para compreender quais eram os envolvidos ou se já receberam o socorro necessário. Acontece que uma notícia como essa, quando se desdobra em observações políticas, deixa de cumprir sua função ao assumir este viés (político), que bem poderia ser cumprido em outro segmento, mas que por ser direcionada a objetivos para além da questão objetiva, mostra sua parcialidade em proveito de investidores e anunciantes.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Liberte-se das Manchetes! Enquirídio. Maceió, 13 jan. 2024. Disponível em https://www.enquiridio.org/2024/01/liberte-se-das-manchetes.html.

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