Antonio Basoli. Piazza Maggiore (onde a Igreja Católica fundou a primeira universidade do mundo). |
2. Isaac Newton (1643-1727), prefaciando os “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural” ao passo que falava de problemas sobre mecânica, já tratava da questão: “os erros não vêm da arte, mas daqueles que praticam a arte” — o que é verdade, porém, somente se admitida na realidade ao invés de em um plano inventando por convenção.
3. No tempo de Newton, ainda não existiam os termos “ciência”, “cientista”, “científico”, e a relação dos ensaios, experimentos e postulados com questões teológicas era uma constante dispensável, mas que cumpria a intenção dos precursores protestantes e rosa-cruzes da Royal Society em abranger o conceito de Deus para além da Igreja Católica.
4. Curiosamente, porém, previsivelmente, aquilo que fizeram os artistas da “filosofia natural” acerca de matérias que passavam dos próprios domínios, como é o caso da teologia, agora fazem aqueles que desejam subverter a realidade científica para que nela seja possível incutirem seus discursos ideológicos, originando uma ciência acéfala.
5. Como se sabe, acefalia por si só não condena a existência de imediato, mas que acarreta diversas limitações, inclusive sobre o tempo de vida da acéfala, neste ponto relativa à ciência que sofreu uma mutação genética ao invés de receber tal condição por herança, onde só Deus sabe até quando sua existência vai conseguir ser preservada.
6. Falando em mutação genética, Gregor Mendel (1822-1884), sacerdote agostiniano proveniente de um país cujo território foi maiormente protestante, qual seja, atual República Checa, esclarecendo cientificamente as leis da hereditariedade, tornou-se precursor desta ciência (ele é o “pai da genética”), mas sem teologizar seus trabalhos.
7. Hoje, como há no âmbito de algumas “ciências” (campos do conhecimento ao invés de disciplinas científicas, na verdade) mais idealistas do que cientistas, incialmente os próprios protestantes, ironicamente, começaram a condenar o inteiro por sua fração. Para isso, reduzem a própria Bíblia Sagrada como instrumento para negação da ciência.
É que o protestantismo ou rosacrucianismo, para além da matéria,8. Newton, conforme seu trabalho, separa Deus de “Destino” e “Natureza” ao admitir seu domínio, providência e causas finais, porém, contradizendo-se, afirma reverenciá-Lo e adorá-Lo como servo — mas sem sua Santa Igreja ou fora dela? É que o protestantismo ou rosacrucianismo, para além da matéria, nada sabe; tudo inventa ou deturpa.
nada sabe; tudo inventa ou deturpa.
E o católico que odeia o saber9. Os protestantes, odiando a Igreja Católica, passam a adorar a ciência (pois lhes salva dos dogmas da fé enquanto se condenam no cientificismo materialista), mas que parcialmente subvertida por ideologias, condenam-na integralmente, ficando sem uma, nem outra coisa — e o católico que odeia o saber científico verdadeiro pode ter igual fim. Para referenciar esta postagem: ROCHA, Pedro. Do Ódio à Ciência. Enquirídio. Maceió, 13 set. 2024. Disponível em https://www.enquiridio.org/2024/09/do-odio-a-ciencia.html.
científico verdadeiro pode ter igual fim.
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