16.10.24

Do Sínodo ao Jubileu: Cristina Inogés

Os jesuítas foram líderes contra os protestantes e primeiros a sofrerem com a ascensão iluminista — algo que Papa Francisco bem sabe. Então, por que ele insiste em dialogar com teólogos que aderem ao protestantismo e iluminismo? Embora a resposta seja simples, entendê-la demanda fé.
Paul Delaroche. A Execução de Lady Jane Grey.
1. Fé no sentido de que se ofensa houve, possa-se perdoar, mas não deixar de buscar aquela ovelha perdida, pois, achando-a, grande será a festa nos Céus! É o caso de Cristina Inogés, teóloga convidada pelo Papa Francisco ao Sínodo da Sinodalidade, que não significa outra coisa além de um processo de escuda adotado pelo Romano Pontífice.

2. Verdade que Cristina Inogés tem uma formação teológica relativista (decorrente tanto de um protestantismo, quanto das ideias iluministas), realizada na Faculdade de Teologia Protestante de Madrid ou SEUT, embora se designe católica — o que é curioso, sendo válido entender e explicitar como de fato pensa alguém assim.

3. Ela já vem se pronunciando com conclusões precipitadas, enaltecendo seu desespero por uma cristandade aos moldes dos pensamentos protestantes e iluministas de uma só vez, como se pode notar consultando sua publicação “Del Sínodo al jubileo: construyendo comunidade em diálogo”, disponível na sequência:
Del Sínodo al jubileo: construyendo comunidade em diálogo (Cristina Inogés).
4. Ao final do artigo, deixa claro sua ideia: “Gostaria que pudéssemos dizer nossa confissão de fé: Creio na Igreja, una, santa, católica, apostólica e para todos, todos, todos. Amém.” — parodiando sem necessidade o Credo Niceno-Constantinopolitano adotado no Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia no ano de 325.

5. Jesus Cristo já é de todos, mas nem todos são d’Ele — é o que ela não compreende! Na oitava página da mencionada publicação, oferece a autora uma amostra de como se relaciona protestantismo e iluminismo numa só ideia: cristianismo sem hierarquia e Nosso Senhor como modo de vida, porém, apenas para burlar as exigências da fé.

6. Destruindo a hierarquia é que a sucessão apostólica se destruiria, incluindo a ordenação dos apóstolos etc. Esta é a ideia protestante. Já um “Jesus Cristo” que não faz exigências à Salvação é a mera ideia flagrante do homem que mitifica a verdade e que se diz “iluminado” — referente ao problema do iluminismo, evidentemente.

7. Não que pratique o Papa Francisco uma das máximas em estratégia, qual seja, manter os aliados ao alcance da voz, mas mantendo os inimigos próximos da espada; mas ele, quando convida Cristina Inogés ao Sínodo da Sinodalidade, permite ser revelada toda essa vaidade e soberba, restando aos católicos provar que são sal da terra, luz no mundo.

8. Como dar prova disso? Valendo-se da vaidade? Da soberba? Está aí um sal que não salga! Uma luz que não ilumina! John Henry Newman (1801-1890) foi convertido do anglicanismo ao catolicismo, tornando-se cardeal pelo Papa Leão XIII em 1879, beatificado pelo Papa Bento XVI em 2010 e canonizado pelo Papa Francisco em 2019.

9. Papa Francisco está mostrando as heresias do presente de maneira a converter aqueles que devem se firmar na fé, combatendo os erros ao invés de quem erra, pois este pode se converter, assim como deseja Nosso Senhor para todo aquele que atende às exigências da Salvação — incluindo Cristina Inogés.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Do Sínodo ao Jubileu: Cristina Inogés. Enquirídio. Maceió, 16 out. 2024. Disponível em https://www.enquiridio.org/2024/10/do-sinodo-ao-jubileu-cristina-inoges.html.

Postar um comentário

Botão do WhatsApp compatível apenas em dispositivos móveis

Digite sua pesquisa abaixo