8.10.23

Nestorianismo Contemporâneo

Em vídeo, Cláudio Duarte, protestante, apresenta alegações a respeito de Nossa Senhora que somente provam o prejuízo no protestantismo ao olvidar o bimilenar Magistério da Santa Igreja, trazendo à contemporaneidade a heresia nestoriana que desvincula a pessoa divina e humana de Jesus Cristo.
Philippe Alès. Representação do Concílio de Éfeso de 431 na Igreja de Notre-Dame de Fourvières em Lyon.
1. Segundo Claudio Duarte, “Maria não pode ser mãe de Deus”. Nestório (381-451), que foi Arcebispo de Constantinopla (428-431) até ser deposto e declarado herético pelo Concílio de Éfeso, também difundia que “Maria não podia ser mãe de Deus”. Para isso, propagava argumentos pirotécnicos que conseguem adeptos mesmo atualmente.
2. Nestório reforçava aquilo que foi blasfemado por Ebião, Paulo de Samósata (seu tio) e Fotino: Jesus Cristo e o Verbo não estavam hipostaticamente unidos, mas tão somente de maneira extrínseca, sem que aquele pertencesse à essência deste. Nosso Senhor, como um mero templo de pedra, servia de habitação para Deus, mas não O era Ele.

3. Assim é que o Concílio de Éfeso, além de depor Nestório e declará-lo herético, também afirmou o título Theotókos (Mãe de Deus) em oposição ao “Christotókos” nestoriano, que por sua vez não cessa de causar danos à teologia moderna, especialmente em lideranças protestantes, como se nota em Cláudio Duarte.

4. Também, como se sabe, antes um pouco e definitivamente depois de Lutero e Cia. Ltda., protestante nenhum sequer aceita o Magistério da Santa Igreja como sendo fonte de argumento – avalie como norma! Desta forma, tratar-se-á a questão apenas observando o Evangelho de Jesus Cristo, segundo os evangelistas.

5. “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1). Observe que tal versículo foi extraído da Bíblia Almeida Revista e Corrigida (utilizada por Cláudio Duarte). “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1:14).

6. Poder-se-ia trazer vários versículos de São João para cumprir o objetivo deste artigo, mas uma passagem do Evangelho de Nosso Senhor segundo Seu Apóstolo pode fazer isso de modo pleno: “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10, 30). É o mesmo na Bíblia Almeida Revista e Corrigida, mas que por vez foi utilizada a versão Editorial A. O. Braga por ter Nhil Obstat e Imprimatur.

7. “E o Verbo estava com Deus” pode levar ao erro de que há ali uma distinção, mas era apenas a forma de dizer que Aquele não estava no tempo. Não à toa São João logo dita: “E o Verbo era Deus”. Depois, revela: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Como essa questão é nítida, Cláudio Duarte piora a coisa ao dizer que Maria precisou ter relações com José para isto.
Dizendo que Nossa Senhora “morreu não virgem”, afirma que Nosso Senhor nasceu homem e tornou-se (talvez) Deus – inaugurando uma religião anticristã.
8. Neste ponto, Cláudio Duarte somente dá testemunho da Fé Judaica Inserida no Protestantismo, onde Jesus Cristo se torna Filho de Deus, mas sem ser considerado Ele próprio desde o ventre materno. Dizendo que Nossa Senhora “morreu não virgem”, afirma que Nosso Senhor nasceu homem e tornou-se (talvez) Deus – inaugurando uma religião anticristã.

9. Cláudio Duarte deixa claro uma coisa: contrariar a Igreja Católica é crucial, mesmo que para isso seja preciso negar a Cristo, Jesus, Senhor Nosso. Lembre-se que Na Velha Aliança Não Tem Santos. Mas que por ele seja sempre possível rogar à Virgem Maria, Mãe de Deus, perdão pelos pecados que comete em público por não aceitar Seu mistério.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Nestorianismo Contemporâneo. Enquirídio. Maceió, 08 out. 2023. Disponível em https://www.enquiridio.org/2023/10/nestorianismo-contemporaneo.html.

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