27.6.22

Sínodo 2021-2023 em França

Quando a Santa Sé realiza um movimento, absolutamente toda Santa Igreja acompanha, tirando o católico da inércia para colocá-lo em movimento, provando seu vívido caráter, embora possa preocupar ou incomodar nossa gente em diversos aspectos, especialmente diante do Sínodo 2021-2023.
Jean-François Millet. Angelus.
1. Através do sínodo, deseja o Papa Francisco escutar os membros da Igreja Católica. Convocado em 2021, encerrando-se em 2023, trata-se de um processo de percepção mundial a respeito da Santa Igreja, donde o objetivo é estabelecer um caminho de comunhão, mas com Nosso Senhor? Confira os resultados parciais da Conferência Episcopal da França.
2. Os bispos da França já divulgaram em 09 de junho de 2022 os resultados parciais das consultas realizadas ao Sínodo 2021-2023. Apenas para ilustrar, segundo a Diocese de Besançon, atualmente a Igreja Católica está centrada na proclamação do Evangelho e celebração da missa. Isso seria problema? Evidentemente que não! Acontece que não necessariamente desejam distorcer a Santa Igreja, donde a questão recai sobre acolhimento. Diante da Diocese de Naterre, resta claro a necessidade de evangelização em fraternidades voltadas a meditações e práticas evangelizantes, incluindo preocupações por homilias dissonantes da Palavra de Deus e o clamor por catequese catolicamente formadora.
Acreditam os marselheses que buscar a unidade no Evangelho é realmente encerrar a liturgia, donde os homens e mulheres, reunidos, bastariam para comentarem as escrituras – apostasia.
3. Já na Diocese de Marselha é possível perceber que existem vontades que não são próprias dos católicos, donde a Palavra de Deus devesse ser celebrada independente da Eucaristia! Isto nada ou pouco surpreende ao Enquirídio, donde na postagem Sedevacantismo Enrustido Desde o Século XIV a cultura daquela região já se mostrava concorrente do paganismo. Acreditam os marselheses que buscar a unidade no Evangelho é realmente encerrar a liturgia, donde os homens e mulheres, reunidos, bastariam para comentarem as escrituras – apostasia.

4. Existem pedidos que não poderiam ser olvidados, conforme se percebe na Diocese de Rodez a respeito da preocupação com marginalizados, sobretudo pessoas com deficiências. Igualmente, através do diaconato da Diocese de Fréjus-Toulon, caminhar em comunhão depende de acompanhar o ritmo dos fragilizados, sobretudo por temerem serem deixados, abandonados, desamparados pelos próprios irmãos – preocupação gravíssima! Ora, que católico assim se afirma ao correr da responsabilidade que Nosso Senhor mesmo se dedicou? Segundo a Diocese de Belfort-Montbéliard, percebe-se em respostas uma possível incompreensão do fiel no tocante ao diálogo fraterno, embora seja interessante perceber que talvez exista um problema de comunicação paroquial, diocesano, sendo certo a Igreja Católica conhecer tais problemas para logo resolvê-los.
Parece que não existem bispos ou padres ou que as lideranças pastorais, como são ditas, privam o acesso à Igreja Católica – isso aqui no Brasil é constante!
5. Na Diocese de Évreux a vontade é continuar ser empurrado! Noutros termos, tornar constante ações assim, necessárias à interrupção da inércia ao conduzirem os católicos para ação. Querem a convivência fraternal, movida pela Palavra de Deus através das meditações. Para isso, requer a ampliação das catequeses. Os católicos na França, como se vê, estão pedindo por conversão, alimento espiritual, presença de Nosso Senhor. Parece que não existem bispos ou padres ou que as lideranças pastorais, como são ditas, privam o acesso à Igreja Católica – isso aqui no Brasil é constante! Observe um excerto vindo da Diocese de Rouen: “essa desconfiança está enraizada em experiências passadas, sem futuro, apesar das promessas”. Trata-se de decepção! Se alguém desconfia do Papa Francisco, imagine ele dos que são lobos sob peles de cordeiros! Acha mesmo desnecessário o Sínodo 2021-2023?

6. Preste bem atenção no Grupo de Amizade Esperança Arco-Íris da Diocese de Pontoise: “a Igreja deve ter sempre uma porta aberta. Jesus nos estende a mão com o acompanhamento dos sacerdotes”. Trata-se de um pedido de acolhimento dos católicos em sofrimento psíquico por membros ordenados da Santa Igreja. Diferente do que se pensa uma parte dos leigos, padres e bispos, pessoas em sérios conflitos estão suplicando por auxílio, ajuda, socorro, diante das imposições secularistas, notadamente por ideologias que corrompem os seres humanos com perversidade extrema. Jesus Cristo curava os leprosos e amparava os moribundos. Como imitá-lo fazendo diferente disso?

7. Paris, como se sabe, deixou sua cristandade há séculos! Apenas para ilustrar, dentro de um semestre em 2019, diversos templos católicos foram queimados, incluindo a própria Catedral de Notre Dame. Significa que não existem cristãos na capital francesa? Evidentemente que sim! Porém, observe no excerto diocesano parisiense o distanciamento do clero e leigos na nítida denúncia a respeito da ausência de padres, que por estarem atarefados com atividades gerenciais, pouco ou nunca prestam assistência à comunidade. Inclusive, consta na parcial a flagrante constatação na ausência de diáconos, talvez por não serem incentivados, inexistirem interessados ou desvirtuação da função ministerial pelos clérigos – somente Papa Francisco poderá revelar isso no futuro. Assim é que o laicato deseja compatibilizar o matrimônio com serviços sacerdotais, donde o homem casado não deveria ser incompatível ao presbitério – isso é a solução, diga-se de passagem, desesperadora na visão daqueles que estão sentindo falta do clero! Verdade que tudo isso precisa ser apreciado com bastante prudência, pedindo constante iluminação de Nosso Senhor através das constantes orações, sendo certo o reconhecimento da realidade dos cristãos da Santa Igreja; não uma ideia aproximada.

8. Aparentemente, parece que não existem pontos comprometidos nos fragmentos publicados pela Conferência Episcopal da França, até que uma parcela minoritária de mulheres entre os trinta anos resolve se pronunciar, revelando uma pauta meramente feminista e amplamente descompromissada com qualquer verdade católica. Querem elas uma participação igualitária na Santa Igreja, incluindo o presbitério – ignorando o Evangelho e pondo a parte francesa do Sínodo 2021-2023 em iminente descrédito. Porém, segundo o documento, trata-se de um pedido original para ocupação feminina no diaconato, justamente pelo problema já notado nas respostas remetidas às dioceses, especialmente em Périgueux. Outra questão é o sofrimento daqueles que têm sentido exclusão das comunidades e/ou sacramentos (homossexuais, divorciados etc.), tendo em vista excertos da Diocese de Toulouse, embora o Catecismo da Igreja Católica não tenha deixado dúvidas sobre o chamado daqueles que são declaradamente gays à vida casta – certamente incompatível com ideologias progressistas.
Nosso Senhor garantiu que jamais as portas dos infernos prevalecerão, mas não enganou ninguém quando diz que o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça, incluindo sua Santa Igreja – que é Seu corpo.
9. Verdade seja dita: muitos católicos temem o Sínodo 2021-2023, especialmente aqueles que desejam a manutenção de imperfeições ou mesmo sacrilégios. Leigos, padres e bispos precisam observar a preocupação do Papa Francisco como ação cristã! Conhecer e reconhecer o Povo de Deus é ofício inquestionável, seja pelo empenho do Vigário de Cristo ou da Santa Sé enquanto Estado Pontifício. Paciência é virtude que mui bem acompanha os esperançosos que seguem firmes na fé. Nosso Senhor garantiu que jamais as portas do inferno prevalecerão, mas não enganou ninguém quando diz que o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça, incluindo sua Santa Igreja – que é Seu corpo.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Sínodo 2021-2023 na França. Enquirídio. Maceió, 27 jun. 2022. Disponível em https://www.enquiridio.org/2022/06/sinodo-2021-2023-em-franca.html.

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