Olavo de Carvalho, conforme se percebe, insiste em vender uma imagem de si próprio como alguém para além da intelectualidade, portanto, inatingível em conhecimentos filosóficos, políticos, astrológicos... Embora, nitidamente, faltem-lhe valores que possam ser minimamente condizentes com tal reputação: alguma cujo título seria ínfimo, evidentemente, pois nada pode descrevê-lo, salvo ele mesmo. Desta forma, vejamos quão "fascista" é o Enquirídio, caríssima leitora (postagem realmente direcionada), levantando críticas ao espectro da direita brasileira.
Fascismo é a ideologia da supremacia, donde pessoas literalmente se sentem no direito de atuar em desproveito dos demais de maneira natural. Muitas pessoas agem como fascistas quando impõe suas convicções independentemente das consequências aos outros de modo a diminuir o indivíduo - que pode ser ele mesmo amanhã!
Olavo de Carvalho é fascista? Certamente não, embora suas atitudes possam ser autoritárias, sobretudo quando se posiciona a respeito da atual conjectura política brasileira para sumariamente condenar opositores ao governo de Jair Bolsonaro, como está fazendo agora com Nando Moura, YouTuber de valores e princípios genuínos que colaborou para colocar o "mito" no panteão dos bolsomínions e dentro do Palácio do Planalto em Brasília para utilizar a faixa presidencial juntamente ao triunvirato composto pelas proles: Flávio D'Orange; Eduardo, El Embajador, e; Carlinhos Tuiteiro. Verdade seja dita: um se contentou na choupana de palha; outro na cabana de madeira, e; apenas um conseguiu a casa de tijolos. Agora buscam o lobo para atribuírem os próprios sopros.
Retomando o assunto principal, Nando Moura, somente por criticar certas atitudes do governo - assim como qualquer outro cidadão poderia fazer - passou a receber críticas diretas de autoridades, incluindo o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro. Filosofando, quão importante é a postura de um músico "vlogger" para atrair a atenção presidencial tão rapidamente? Adiante, sobre este fato, incide Olavo de Carvalho, repudiando e desprestigiando o YouTuber que mais vende e repercute suas obras em livraria online.
Incoerência? Talvez - e agora o "imbecil coletivo" se contorcerá - Paulo Freire tenha razão ao filosofar: "quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor". Imaturidade e desejos meramente umbilicais talvez definam melhor esta nova fase olaviana ao invés de fascismo ou qualquer outra definição histórica já caducada pelo "zeitgeist" ou espírito da época. Assim como este Enquirídio questionou certas atitudes sacerdotais em Monja Coen: Comunista ou Busdista?, também merece questionamento o pensamento de Olavo de Carvalho: fascista ou imbecil coletivista - aludindo sua obra.
Ninguém precisa rasgar ou queimar os livros do Olavo de Carvalho pelos deslizes que comete - agora com certa frequência - assim como também não devem desordenar a Monja Coen por aplicar os princípios budistas da maneira como percebe. Contudo, colocar o homem no pedestal como relíquia sagrada para, assim, adorá-la, levará o sujeito a contrair desilusões profundas e ímpeto bestial para lutar contra todos por alguém que não consegue esquivar das próprias minas plantadas. Nestes termos finais, muitas pernas e braços serão infelizmente arrancados.
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