13.2.25

Os Inescrupulosos e o “Fardo a Menos”

Assim como existem Os Escrupulosos e o “Fardo a Mais”, também é preciso ter cuidado com os inescrupulosos e o “fardo a menos”, pois eles relativizam a doutrina de Jesus Cristo de forma a fazer caber dentro da fé as coisas menos cabíveis possíveis em proveito das variadas ideologias que perseguem.
Simão Rodrigues. O Diabo Pega os Livros Sagrados e os Substitui por Livros Seculares.
1. Enquanto os escrupulosos põem fardo a mais sobre os fiéis, os inescrupulosos, em maior parte, sequer sabem do compromisso que deveriam ter para com Jesus Cristo, pois, se ao certo soubessem, jamais ousariam reduzir o Evangelho com relativismos e conjecturas teológicas, que são verdadeiras ideologias subversivas.

2. Verdade que Nosso Senhor falou “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.” (Mt 11, 28). Contudo, aliviar não significa abolir. Ou seja, há obrigações que todos os cristãos devem cumprir para que assim sejam reconhecidos como verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, como é o caso do Mandamento Novo.

3. “Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (Jo 13, 34). Jesus Cristo é a Única e Justa Medida que Precisamos e n’Ele é que o fiel deverá sempre basear todas as suas ações, sejam feitas, faladas ou pensadas, sem que possa haver ambiguidades.

4. Deus é amor, mas não sob alguma maneira diferente daquela que Ele revelou, pois nada pode estar acima d’Ele, motivo pelo qual amar quer dizer seguir os passos de Jesus Cristo ao contrário da subversão da salvação pela adequação da fé às coisas do mundo, como quem pensa ou mesmo age por “não é errado se te faz bem” ou “amor é a lei”.

5. Ao certo, os católicos se sentem bem com serviços dirigidos a Deus e participando de Sua Igreja, o que é diferente da visão egóica do “faze o que tu queres há de ser o todo da lei”, difundida subliminarmente nas subculturas de dominação de massa, que vão desde a crendice “namastê” até aos estoicos ou ocultistas telemitas.

6. E a Igreja Católica, Corpo Místico de Jesus Cristo, segue a Cabeça, sendo ela mesma regida por Nosso Senhor, seu Sumo Sacerdote. Quando Ele próprio, por exemplo, não ordenou mulheres, por que haveriam de ordená-las atualmente? Se casal é a união do homem com sua mulher, por que relativizar isso para gerar deformações?

7. Não é que a Igreja Católica seja indiferente com o passar do tempo — jamais! Porém, quando ela caminha, procura dar passos segundo a vontade de Deus, valendo-se de virtudes como prudência, motivo pelo qual, quando admite uma novidade, sempre faz com cautela, tendo Nosso Senhor como régua única ao invés da paixão do momento.

8. E a marca desses inescrupulosos é geralmente observada no entusiasmo persistente na substituição ou suplantação da fé no intuito de adequá-la às ideias deveras impossíveis ao cristianismo, especialmente em matéria litúrgica, que é a via óbvia à minar o valor da Eucaristia, como se missa fosse um negócio qualquer a gosto do freguês.
Um cristianismo que diminua as exigências de Cristo para ser agradável serve como sal que não salga.
9. Um inescrupuloso não entende a Celebração Eucarística como calvário de Jesus Cristo e tende, olvidando os dogmas de Sua Igreja e a própria doutrina, anunciar um “Evangelho” adaptado aos ditames da modernidade. “Um cristianismo que diminua as exigências de Cristo para ser agradável serve como sal que não salga.” (Dom Henrique Soares).
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Os Inescrupulosos e o “Fardo a Menos”. Enquirídio. Maceió, 13 fev. 2025. Disponível em https://www.enquiridio.org/2025/02/os-inescrupulosos-e-o-fardo-menos.html.

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