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John Raphael Smith. O Moralista. |
2. E o “fardo”, conforme explicação de Santo Hilário de Poitiers no volume relativo ao Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus, observa-se no peso do pecado e a dificuldade encontrada no cumprimento da Lei de Deus — e o motivo para que isto seja por Nosso Senhor aliviado, pois Ele quem é o Caminho, a Verdade e a Vida.
3. Então, dessa forma, embora o pecado e o dever para com a Lei sejam comuns a todos os homens na terra, os percursos para os Céus sempre são individuais, uma vez que não existe ou existiu uma salvação coletiva, como se equivocam os protestantes ao afirmarem já estarem salvos através do batismo. Isto é como o fermento do fariseu.
4. Perante esses percursos para os Céus, cada qual se relaciona intimamente com Jesus Cristo, motivo pelo qual inexiste um padrão donde até mesmo o arbítrio fosse diluído em decorrência da possibilidade de haver, para além de Nosso Senhor, um caminho melhor delimitado que não sua Santa Igreja em toda Tradição, Magistério e Sagrada Escritura.
5. O seja, se há algo de bom ao encontro de Jesus Cristo, isto está no que se tem por Igreja Católica Apostólica Romana, donde tudo para além disso acaba sendo duvidoso em relação à certeza em Nosso Senhor. Porém, há quem se projete ou faça isso se valendo de outros, mesmo os santos, no intuito de gerar um “fardo a mais”.
6. Essa “fardo a mais” ignora a relação pessoal que alguém tenha com Jesus Cristo e Sua Igreja (que não possuem subjetividades em termos de ordem), mas que, geralmente, acaba sendo colocado nas costas dos outros por pessoas escrupulosas, capazes por desordem de observar pecados que não existem ou leis para além da vontade de Deus.
Causam grandes males ao ponto de se confundir onde estão com o que são, como quem em um clube, porém, sendo má pessoa, faz com que aquele pareça mal por conta deste.7. Um escrupuloso sobrepõe a doutrina por uma moralidade estruturada em vã filosofia ou preceitos cismáticos, quando não somente em preconceitos ou limitações pessoais. Causam grandes males ao ponto de se confundir onde estão com o que são, como quem em um clube, porém, sendo má pessoa, faz com que aquele pareça mal por conta deste.
8. E o problema é quando essas pessoas escrupulosas, por uma notoriedade mundana, conferida pelas paixões da época, tornam-se referências, por si ou por lugares onde se alojam, às vezes ilegitimamente. “Tomai meu julgo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso de coração e achareis o repouso para as vossas almas.” (Mt 11, 29).
9. “Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.” (Mt 11, 30) — nada mais perfeito, pois somente n’Ele está o peso certo para cada qual. Todo “fardo a mais” está para além disto e é decorrência da mentalidade escrupulosa, igualmente nociva a relativista, pois nela Deus é o último a querer, querendo antes o que é carnal, preso à terra, longe dos Céus. Para referenciar esta postagem: ROCHA, Pedro. Os Escrupulosos e o “Fardo a Mais”. Enquirídio. Maceió, 12 fev. 2025. Disponível em https://www.enquiridio.org/2025/02/os-escrupulosos-e-o-fardo-mais.html.
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