9.2.25

Um “Conclave” Elege um “Papa” Mulher

“Conclave”, diferentemente de “Nefarious”, repete a fórmula: filme de trama com certo nível de elaboração argumentativa para legitimar uma vil mensagem: atacar a Igreja Católica, valendo-se do hermafroditismo à eleição de um “Sumo Pontífice” biologicamente mulher – contradizendo a ideologia do cinema.
Bernardino Di Betto. Vaticano — A Aritmética (Vista Inferior Esquerda).
1. Contradiz a ideologia, pois, para Hollywood, “quartel general” da produção cinematográfica ocidental, bastaria ao “Papa” de “Conclave” se identificar como mulher para resolver a questão, mas não; ele realmente precisaria ter todos os órgãos que caracterizam biologicamente a feminilidade – contradição que indica uma ideologia mais perversa!

2. No filme, os “cardeais” elegíveis eram todos duvidosos, seja pelo conflito pessoal, corrupção ou pelas ideias de “ Católica” que sustentam: progressista ou reacionária. Então, tinha que haver ao menos um diferente: que foi uma mulher, encomendada pelo “Papa” anterior como algum “milagre” para salvar a legitimidade do pontificado – “é a vontade de Deus”.

3. Em suma, os homens não prestam mais e “Deus” gostaria de alterar algumas coisas, inclusive “Ele” mesmo desde a origem, pois, desse jeito, como no filme, tornou-se incoerente. Na verdade, os gatilhos mentais propostos em “Conclave” repercutirão na mentalidade dos fieis mais suscetíveis, geralmente com menor nível de conhecimento da fé.

4. Um “Papa” mulher se mostra tão ilógico que ninguém duvidaria da nocividade proposta em “Conclave”, mas que, como dito, colocará parcela do laicato ou mesmo do próprio clero de pouca ou baixa formação sacerdotal em descrença – e isto é possível, antes que pense não ser. Cinema pode entreter, mas não significa ser somente entretenimento.

5. Quando um filme como este estreia no mundo inteiro, mostrando sua máxima abrangência por uma “universal” divulgação, inclusive anunciando um elenco de grandes atores, primeiro “estrago” realizado é a expectativa, que faz com que inumeráveis adeptos do cinema cogitem com defesas e acusações a trama antes mesmo de assistirem – ampliando sua real dimensão.

6. Depois, basta a inércia da coisa fazer efeito para se notar de um lado ou de outro os comentários favoráveis ou contrários, menos na forma de crítica artística (quando poderiam questionar as atuações ou mesmo a fotografia), pois o foco, agora, voltou-se aos argumentos do filme contra a grande vilã “Cúria Romana”, mas sem dizer o que ela é – lógico!

7. Sempre que uma reforma é impedida de acontecer nesses filmes sobre uma muito parecida (esteticamente) “Igreja Católica”, culpam a “Cúria Romana”, como se fosse um órgão de controle oculto do “Vaticano” ou coisa assim. Ao certo, quem pouco ou nada sabe sobre a verdade da fé, termina sendo devorado por tais concepções de Hollywood.

8. Um filme de verdade sobre a Igreja Católica se assemelha a “Nefarious” ou “A Missão”, porém, imperfeitamente, uma vez que interpretações tendem a enviesar coisa ou outra. Também é possível sempre observar as recomendações cinematográficas do clero e leigos experientes para saber qual produção é recomendável, canonicamente compatível.

9. E o “Conclave”, apesar do grande apelo visual, segue sendo só outra forma de dizer o quão a Igreja Católica infelizmente é detestada por uma parte do povo que faz arte, esquecendo que ela, ainda mais agora, sempre foi sua apreciadora mais fiel e patrona absoluta em diversas oportunidades ao longo de 2000 anos. Ao certo, quem precisa de reforma é Hollywood.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Um “Conclave” Elege um “Papa” Mulher. Enquirídio. Maceió, 09 fev. 2025. Disponível em https://www.enquiridio.org/2025/02/um-conclave-elege-um-papa-mulher.html.

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