Giuseppe Diotti. O Beijo de Judas. |
- Entrevista de Dom Víctor Manuel Fernández (InfoVaticana).
3. No capítulo seguinte, parece um conteúdo interessante a Encontro de Casais com Cristo ou ECC, pois traz quesitos práticos sob uma perspectiva concentrada naquilo que pôs inicialmente, ou seja, para se compreender suas colocações, deve-se sempre se basear na premissa, conforme constante na tese do início.
4. Depois, abordando “Que Dizem os Poetas” no próximo capítulo, explica um pouco do belo na arte, sobretudo do poder vital em um beijo, como está expresso na escultura de Antonio Canova, mas que escandaliza alguns incultos que não entendem o design da figura masculina sobrepondo com sua mão e antebraço os seios da imagem feminina para focar o ósculo ao invés do erótico no corporal, donde a sensualidade existe, mas que muito depende da ótica do observador, motivo pelo qual, escandalizando-se, leia o livro de Dom Víctor Manuel Fernández, que vai estar em link antes do final do artigo, para, talvez, adquirir uma capacidade menos lasciva à apreciação artística. Sobre as poesias, destaca inicialmente Gustavo Adolfo Bécquer, mas eis que também traz Miguel Hernández, membro do Partido Comunista da Espanha – PCE, incluindo Pablo Neruda, ateísta inveterado. Contudo, parece que sua locução acerca das manifestações poéticas, além de serem nitidamente utilizadas para corroborarem sua premissa, seguiu aquela máxima: gostei da obra; não do autor.
Então, tanto aos jansenistas (heréticos, vale a nota) quanto a Sigmund Freud, beijar significa algo secundário, nunca um gesto de amor em si.5. Adiante, inaugura o capítulo “Os Anti-beijo” “sentando o sarrafo” no Sigmund Freud, quem teve visões (empoleiradas – entendedores entenderão) sobre ser tudo relacionado à sexualidade, donde o padre Víctor Manuel Fernández doutrora faz duras críticas e observa a vontade freudiana de reduzir tudo ao sexo como algo animal, instintivo, irracional etc. Porém, curiosamente, trouxe uma questão intrigante. Afirma que tal reducionismo não necessariamente se encontra nos seguidores do precursor da psicanálise, como Carl Gustav Jung (teísta) ou Émile Lacan (ateu), mas nos jansenistas, que têm por ícone contra a “concupiscência pecaminosa” São Luís Gonzaga, por ele supostamente evitar beijar sua mãe por medo de pecar por uma “concupiscência disfarçada”. Colocando que não poderia afirmar os jansenistas, explica que talvez Sigmund Freud não conta que muitas pessoas podem se procurar (desejar de maneira saudável) de diversas maneiras, mas não sexualmente, uma vez que, daí, implantar-se-ia uma realidade caótica na sociedade, donde transar seria mesmo a finalidade das relações interpessoais, mesmo entre pais e filhos – e o motivo de considerar seu trabalho conservador certamente tem a ver com isso aqui, algo que jamais os “teólogos da libertação” (lembrando que “teologia da libertação” não tem qualquer utilidade teológica) admitiriam diante de projetos progressistas, socialistas, comunistas que tentam impor na América Latina via Foro de São Paulo. Então, tanto aos jansenistas (heréticos, vale a nota) quanto a Sigmund Freud, beijar significa algo secundário, nunca um gesto de amor em si.
6. Quando pergunta ao povo em “O que Diz a Rua”, colocando fotos interessantes no capítulo como um menininho beijando sua irmã ou amiguinha e São João Paulo II dando um beijo em um bebê, coleciona uma série de opiniões das pessoas, mas sem levantar nenhum juízo de valor, o que é excepcionalmente honesto do ponto de vista que qualquer levantamento não daria aos questionados o direito de resposta, sendo, portanto, exposições para conclusões do leitor, mas que vale aqui perguntar: será que você consegue lê-las sem ser freudiano ou jansenista? Adiante, abordando “Um Beijo Infinito”, relaciona as diversas maneiras de beijar, incluindo como de fato há na relação de uma mãe que beijando perdoa as travessuras de um filho ou mesmo em objetos, como o caso da carta muito esperada (de um namorado que luta numa guerra, quem sabe). Trazendo outra importante catequese, explica na página 69: “Os cristãos creem que Deus é um mistério de três Pessoas que compartilham tudo, até mesmo seu Ser. Ali está o beijo infinito. E por ser infinitamente mais belo do que existe neste mundo, para nós é impossível imaginá-lo bem. Um só Ser, um só Deus, porque compartilham tudo; pois podem ‘compartilhar’ tudo porque são Pessoas distintas. Digamos então que o beijo se faz: possível quando eu me ponho de frente ao outro, aceitando-o e o amando como distinto de mim; mas ao mesmo tempo busco me fazer um com ele e estou disposto a compartilhar minha vida com ele”. Linha depois, reflete dessa forma: “Um beijo sem esta intenção peca contra sua própria essência. Como quando usamos a palavra para mentir ou para enganar”.
7. As mídias estão loucas, doidas para atirar Dom Víctor Manuel Fernández na Geena. Segundo a serpente, seria ele mesmo o “ghost writer” do Papa Francisco pela similaridade de expressões entre textos próprios de várias épocas e a exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laettia, como se Papa Bento XVI, que foi por 25 anos prefeito daquele Dicastério (quando era chamado Congregação antes da reforma da Cúria Romana) enquanto Cardeal Joseph Ratzinger, também não fizesse bom uso dos excelentes escritores dentre os membros do clero, muito embora gostasse de redigir propriamente seus textos na maioria dos casos. Assim sendo, cuidado com réplicas de matérias acusatórias, sobretudo de jornalistas que até foram expulsos da sala de impressa da Santa Sé, especialmente por vazamentos de documentos etc. Dentre alguns, eis um nome como ponto de muita cautela: Sandro Magister, empregado da revista progressista L’Espresso – alguém que não perde por esperar, pois há quem irá expor muito em breve seus ataques que atingiram Papa Bento XVI e o projeto de difamação que envolve até mesmo cardeal expulso do clero (graças ao Papa Franciso), quem tinha vinculação com uma máfia muito forte na Suíça e que é totalmente voltada a subversão da Igreja Católica.
8. No último capítulo, qual seja, “O Beijo Supermístico”, Dom Víctor Manuel Fernández, padre na época quando escreveu esse livro, conclui refrisando a união espiritual durante o beijo, conforme posto em tese, como se fossem apenas um, bastando consultar o Cântico dos Cânticos, relativo aos noivos, incluindo aqui ponderações místicas de Santa Teresa, quando tratava da relação monástica como se beijasse a Deus no sentido de criação de intimidade com Sua presença. Citando São Boaventura: “Na encarnação se realiza a união do Amor Infinito com nossa carne humana; união em que Deus nos beija a nós e nós beijamos a Deus”. Abaixo, segue uma cópia do obra – sendo certo não ter objeção do autor nisso.
- Sáname con Tu Boca – El Arte de Besar (Víctor Manuel Fernández).
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