Seguindo adiante com mais outra reflexão (além daquela publicada sob o título Um Olhar Rift à Tecnologia), perceba como campanhas publicitárias (como a do vídeo deste link, produzido pela Samsung) faz qualquer monitor, embora altamente tecnológico, parecer item inseparável numa utópica modernidade vindoura. Aliás, praticamente tudo atualmente se resume ao famigerado touch screen, bastando um simples deslise de dedo para realizar inúmeras tarefas, dentre elas, informar-se: o principal - senão o único - objetivo deste e dos demais séculos que virão.
Se você assistiu ao vídeo mencionado, deve ter percebido que todas as atividades desenvolvidas dispensariam o uso da tecnologia proposta por aquela determinada empresa. Isto pelo simples fato dela, através de campanhas recheadas de apelos emocionais, buscar reinventar as sensações que qualquer pessoa em circunstâncias favoráveis sentiria.
Parece até cômico estar rodeado por tablets o tempo todo. Qualquer coisa deve transmitir a experiência digital - incluindo aquelas mais dispensáveis. É certo, como dito em Um Olhar Rift à Tecnologia, que certa modernidade ajuda, somando-se ao que já existe - não fazendo sua substituição.
Qualquer momento deve ser preenchido por pequenas tarefas virtuais, realizadas evidentemente em aplicações próprias. Há, em decorrência do uso excessivos dessas engrenagens eletrônicas, verdadeiras associações para viciados: AA - Appholics Anônimos. Irônico saber que maioria mantêm reuniões entre membros através de Apps (Applications). E pare para pensar: quantas vezes você acessa determinado software sem necessidade alguma? Ao menos abrir a geladeira é mais refrescante, concorda?
A ideia é para que futuramente toda experiência possa ser tão somente tecnológica. Isto, certamente, alavancará as vendas. Ora, quem não se sente sozinho numa roda de amigos, onde todos estão "dedilhando" seus smartphones, enquanto só você busca experienciar o momento pelo método antigo, ou seja, livre de conexões virtuais? Estar conectado é uma reação de conceitos sofisticados, mas para facilitar, basta inserir uma interface amigável e limitá-la a poucas operações - daí, ninguém mais se perderá. Assim fazem essas empresas: vendem o problema com capa de solução.
Não é do interesse deste Enquirídio transmitir uma visão pessimista sobre a tecnologia. Pelo contrário! Se não fosse por ela, estas palavras muito dificilmente chegariam noutros lugares do país e do mundo. Contudo, não poderia olvidar este blog de questões que acontecem corriqueiramente na vida de todos, motivo pelo qual instiga-se à reflexão destes aspectos tecnológicos - e quem sabe mais adiante outras postagens possam trazer formas de se utilizar o ambiente virtual de maneira mais positiva, sem comprometer a vida e sua verdadeira realidade.
1.7.16

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