16.10.25

Contato com o Evangelho

Uma das coisas que têm chamado a atenção nesses últimos tempos no catolicismo é a valorização de diversas leituras, como aquelas mais filosóficas ou teológicas, sobretudo as ficcionais, que têm sua importância sim, mas sem realizar o mínimo contato com o Evangelho — o que é notado através de atos.
Artista Desconhecido. São Lucas, o Evangelista, Escrevendo Seu Evangelho.
1. Os atos mais facilmente aferíveis são protótipos dialógicos, ou seja, tentativas de estabelecerem comunicação, mas com uma abordagem desprovida de percepção evangélica, quando as trocas de informações são imbuídas de maledicências, especialmente na defesa da fé ou daquilo que acreditam lhe ser próprio.

2. Algo mais ou menos assim: defender a pureza da linguagem, porém, fazendo isso através de palavras de baixo calão, ou; prezar pela moral, mas com uma abordagem debochada, ou; falar sobre Jesus Cristo de maneira a afastar as pessoas de um legítimo encontro com Ele — maneiras que expressam a ausência de contato com o Evangelho.

3. É a todo instante dizer conforme pensa, nunca tendo em mente pensar como Nosso Senhor pensaria. É que a vaidade e a soberba dominam a pessoa naquele instante — poder-se-ia explicar dessa maneira, ou seja, de um descontrole emocional. Mas isto não está certo, muito menos pode justificar tais condutas.

4. Numa Carta Inquirida, qual seja, Pensamento de Torcedor — C.I. #01, você pode perceber como a coisa, nesses termos, pode se orientar de maneira instintiva, sem que aconteça o pensamento necessário ao diálogo, sobretudo evangélico. Algo que se faz pela ausência de contato com o Evangelho, como fica claro adiante.

5. Perceba: aquele que professa fé em Jesus Cristo não tenta viver conforme a vontade d’Ele apenas quando convém; procura tal vivência a todo instante, seja na vida paroquial, laboral, estudantil, familiar dentre tantas circunstâncias da experiência humana, inclusive em momento de solidão. Não se diz: “sou cristão, mas agora não”.

6. Longe de lançar uma crítica sem dar algum norte, neste artigo o que é observado são condições para que cada qual retorne a apontar a bússola ao Evangelho e comece a andar sempre nessa direção. Daqui para frente, ou se estagna, ou se olvida ajustar o trajeto, ou procura entrar em contato com a Boa Nova para vive-la.

7. “Então Jesus disse aos seus discípulos: ‘Se alguém quer vir após de mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mt 16, 24) e “Dou-vos um novo mandamento: Que vos ameis uns aos outros, que, assim como vos amei, vos ameis também uns aos outros.” (Jo 13, 34), donde estes versículos não são somente conselhos, como se vê adiante.

8. Pois, como parte da regra, encontra sua integridade na sequência do Evangelho: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo 13, 15). Como amar como Jesus Cristo amou? Através de um contato diário com a sua palavra, para que Ele fale, sobretudo pela ação do Espírito Santo, embora tenha cuidado!

9. Tome essa leitura como hábito, mas não isolado, distante da Tradição e Magistério. Faça isso em observância da única Igreja de Jesus Cristo para que não vire protestante ou venha a tomar conclusões precipitadas do Evangelho para apostatar. Porém, desse empenho, haverá verdadeira mudança para atos cada vez mais evangélicos.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Contato com o Evangelho. Enquirídio. Maceió, 18 out. 2025. Disponível em https://www.enquiridio.org/2025/10/contato-com-o-evangelho.html.

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