10.4.22

O Berço Herético dos Rosa-cruzes

Dizem ser uma ordem esotérica. Talvez por quererem preservar a cordialidade. Verdade seja dita: trata-se de seita mesmo, incluindo crenças, dogmas e rituais – todos ocultos, lógico. Embora admita a pluralidade de religiões, católicos não devem admitir o rosacrucianismo pelas considerações adiante apresentadas.
A Libertação do Carcassonne Murado
Jean-Paul Laurens. A Libertação do Carcassonne Murado.
1. Mesmo que não descendam, dizem os rosa-cruzes terem bases no catarismo, heresia do século XII difundida sobretudo na França sob proteção dos nobres à pregação de um puritanismo de comportamento supostamente católico, embora na verdade fosse apenas gnosticismo com elementos do cristianismo.

2. Os cátaros afirmavam o aprisionamento da alma na matéria criada por Satanás, sendo certo a adoção de medidas que acabassem com sua reincidência, ou seja, proibição da procriação para evitar novas prisões, condenando o materialismo no mesmo instante que supervalorizavam-no através desta clara heresia – combatida, evidentemente.

3. Jesus Cristo, para eles, nunca foi homem, mas uma espécie angelical, que não poderia ter morrido na crucificação, motivo pelo qual, somente com uma informação dessas, poder-se-ia concluir que jamais foram católicos – sequer cristãos! Negam as profecias e a salvação, sendo muito mais próximos dos judeus e muçulmanos.
No âmago da seita de berço herético, Jesus Cristo está para Deus assim como está Moisés e Maomé.
4. Os rosa-cruzes afirmam terem recebido ensinamentos diretamente de cátaros remanescentes – talvez tenham mesmo, uma vez que desprezam o Evangelho! No âmago da seita de berço herético, Jesus Cristo está para Deus assim como está Moisés e Maomé. Noutros termos: Nosso Senhor jamais poderia ser Filho do Pai.

5. Todas as religiões são admitidas nessa seita, desde que sejam omitidas, esquecidas ou ignoradas. Observe agora como ficaria Jesus Cristo tirando tal regra de convívio: embora concordem com o nascimento virginal as pessoas católicos e islâmicas, divergem na ressurreição, restando mais próximas os primos semitas (judeus e muçulmanos). Nisto o cristianismo é o primeiro a sucumbir, uma vez que seriam o islã e o judaísmo menos incoerentes sobre o materialismo da vida terrena, embora que creiam em um “deus” imaterial. Valeria entender o motivo na utilização da palavra “deus” entre aspas lendo na ordem as postagens indicadas logo abaixo:
6. Evidentemente que sequer são coerentes aos ensinamentos cátaros, valendo aos rosa-cruzes mais aplicações ocultistas baseadas em filosofias ocultistas como é o caso da Thelema: “faz o que tu queres, há de ser o tudo da lei. Amor é a lei, amor sob vontade” (Aleister Crowley). Estando o amor subordinado a vontade de Nosso Senhor, poderia ser até uma verdade católica, mas não! Qualquer vontadezinha é o “tudo” da tal lei. Assim estão aqueles que seguem o rosacrucianismo: fazendo qualquer coisa, mesmo que caoticamente.

7. Significa que rosa-cruzes são necessariamente pessoas más? Talvez não individualmente ou dentro de um contexto mais regionalizado. Porém, dentro do catolicismo, certamente são anticristãs. Fora dele, poderiam ser consideradas tão somente diferentes, uma vez que não propagam campanhas contra a Igreja Católica, exceto veladamente.

8. Acontece que rosa-cruzes, principalmente organizados mundialmente, ocultamente são apoiadores da Nova Ordem Mundial, conforme a hierarquia, donde a supressão do catolicismo em longo prazo é necessária à concretização de interesses mais plurais, sobretudo por contrariarem o Evangelho de Nosso Senhor em muitas coisas.
Quanto ao rosacrucianismo, permitir ao laicato sua filiação seria o mesmo que autorizar o cristão ser herege, afastando-o da salvação – seria um cátaro.
9. Em linhas breves, Dom Henrique Soares falava sem rodeios que católico não pode ser rosa-cruz, sobretudo em resposta ao Código de Direito Canônico, constante de redação abrangente sobre a participação de sacerdotes e leigos na maçonaria ou correlatas que não possam sofrer a vigilância da Santa Igreja. Neste sentido o bispo era muito prudente: admitia a possibilidade de participação em certos clubes, porém, quando suas práticas eram secretas, evitava o protagonismo de membros em pastorais ou na assistência paroquial (ou diocesana), justamente por não saber dos conteúdos velados que praticavam – muito justo, inclusive. Quanto ao rosacrucianismo, permitir ao laicato sua filiação seria o mesmo que autorizar o cristão ser herege, afastando-o da salvação – seria um cátaro. Acreditem: essas informações vieram de quem já pertenceu ao catarismo moderno.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. O Berço Herético dos Rosa-cruzes. Enquirídio. Maceió, 10 abr. 2022. Disponível em https://www.enquiridio.org/2022/04/o-berco-heretico-dos-rosa-cruzes.html.

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