11.9.25

Estamos em Guerra

As pessoas que iniciaram essa guerra estão gabando-se da enorme vantagem que possuem contra os demais, pois, antes de armas, usam da falta de moral ao assassinato de reputações no intuito único de se perpetuarem no poder, como os reis por eles destituídos, inclusive, através de guilhotinas.
Carl Friedrich Lessing. Cruzado de Guarda nas Montanhas.
1. Existem sádicos que enaltecem as guilhotinas, igualmente falam agora em “fascista é na ponta do fuzil”, onde, para tais pessoas, fascista é qualquer indivíduo que discorde da revolução em andamento, marcada pela destruição de um país pela pior arma de todas: influência. Bobagem? Certamente, Joseph Goebbles (1897-1945) discorda.

2. Entre tantas armas, pessoas como Goebbles entendiam que a letalidade de um rifle só conseguia aniquilar o inimigo material, ainda que numa escala mundial. Não! Para ele, era crucial matar a ideia, destruir as bases de qualquer oponente, nem que, para isso, precisasse repetir uma mentira até que ela pudesse se transformar em verdade.

3. Ao revisar uns poucos trabalhos a respeito da Revolução Francesa, nota-se, de longe, um certo sadismo nos autores e autoras ao tratarem da guilhotina. Diretamente, condenam-na, porém, enaltecem-na indiretamente pela contribuição em nome da causa, evidenciando que um rei foi morto pela ideia, onde a arma atuou só como coadjuvante.

4. Portanto, o que é semelhante na mentalidade de jacobinos e modernos revolucionários é o sadismo em proveito de ideais contra a moral, donde a prova disto é o próprio regozijo que têm perante o avanço da imoralidade e desordem em proveito da tomada de um poder que eles não sabem sequer exercer, fatalmente culminando em anarquia.

5. Infelizmente, pessoas com tal acepção são inimigas, primeiro, daquilo que podem perceber de maneira imediata, ou seja, os indivíduos. Para elas, ideia e gente em nada diferem, donde se Fulano apenas parecer averso às noções de mundo que têm, torna-se um oponente (fascista ou qualquer outro termo mais ideal) — exceto se familiar.

6. Os familiares são aturáveis, contanto que não interfiram no processo de revolução, que não significa outra coisa além de tomar o poder. Armas são rotas para impor ideias, porém, infinitamente mais ineficientes se comparadas às influências, que por sua vez conseguem desarmar um país todo para idiotizá-lo, deixando-o vulnerável.

7. Vulnerabilidade contra a moral. Quem, moralmente, quer sair pelas ruas matando pessoas? Psicopatas, certamente, mas o que são? Afinal, maior parte da Nação já adota “heróis toscos” como “modelos de virtudes”, incluindo pedófilos (vide caso Felca), assassinos, adúlteros, corruptos, mafiosos, criminosos de um modo geral.

8. Ora, por que essa gente adora isso tudo? Teriam armas apontadas para suas cabeças? Ficaram na “ponta do fuzil”? Parece que Goebbles bem entendia do poder da influência ao propagar o nazismo. Ao certo, os influenciados tendem ao mesmo comportamento: rivalizar as ideias ao extremo retórico até ser viável atacar o “dono da ideia”.
O certo é certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é errado, mesmo que todos se enganem sobre ele — G. K. Chesterton em “Considerando Todas as Coisas”.
9. Maximillien de Robespierre (1578-1794) adorava a guilhotina, até ser morto por ela. Talvez seja lógico pensar que frases como “fascista é na ponta do fuzil” também sejam aplicadas para “imoral é na ponta do fuzil”. Contudo, se alguém se vê como pessoa moral, pensar como pensam os imorais o tornará tão imoral quanto, mesmo na guerra.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. Estamos em Guerra. Enquirídio. Maceió, 11 set. 2025. Disponível em https://www.enquiridio.org/2025/09/estamos-em-guerra.html.

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