5.1.25

A Romantização do Estupro Coletivo em “Sapiens”

Como tratar, ou melhor, alterar uma suposta história de 70 mil anos ou mais de homo sapiens, porém, carente de validação, para introduzir em sociedades ocidentais, cristãs, conceitos poligâmicos ou qualquer outra bobagem no intuito de normalizar aberrações como estupro coletivo? Yuval Noah Harari responde.
Francisco De Goya. Cena de Estupro e Assassinato.
1. “Sapiens” se tornou um fenômeno literário muito rápido. Certamente pela verossimilhança que utiliza em tantas falácias e a quantidade de referências que usa (como se fosse indicativo de qualidade). Contudo, as narrativas se mostram, do ponto de vista semiótico, repletas de lacunas para inserções de sugestões infundadas.

2. No capítulo terceiro, qual seja, “Um Dia na Vida de Adão e Eva”, intitulado desta forma ironicamente, claro, Harari tenta emplacar que nos primórdios da humanidade, quem sabe, houvesse uma naturalidade poligâmica que justificaria atualmente a infidelidade praticada por tantos casais no mundo — o que é estranho, como se verá.

3. Adiante, Harari, talvez decepcionado, indica que muitos acadêmicos rejeitam essa aberração que ainda ousam chamar de teoria. Porém, antes disso, procura de um jeito ou de outro relacionar as práticas poligâmicas, como pode haver em chimpanzés e bonobos, ao produto evolutivo (convencionado), neste ponto o homem (e a mulher, para ficar claro).

4. Essa “tara” de se colocar como produto evolutivo busca em “Sapiens” justificar irracionalidades praticadas em sociedades primitivas que, por sinal, são mantidas como “zoológicos” atualmente, mas que não passam de currais ideológicos com propósitos eleitoreiros (vide os índios no Brasil, que não podem se integrar à civilização se quiserem).
Nesta falsa lógica é que a filha tinha que ser parida pelas melhores mulheres para receber suas respectivas habilidades.
5. Assim sendo, Harari faz referência aos índios Baré, onde homens fertilizam uma mulher só para um filho herdar as características dos melhores da comunidade (caçadores, guerreiros, artesãos etc.), romantizando o estupro coletivo. Nesta falsa lógica é que a filha tinha que ser parida pelas melhores mulheres para receber suas respectivas habilidades.

6. Depois de aprovar (romantizando) o estupro coletivo em populações isoladas no Brasil (sendo difícil, depois do contato com civilizações, provado desde o período colonial, chamá-las de indígenas), Harari expõe o ponto sem volta da “lacração” ideológica em um livro de pretensão científica — como se verá no próximo parágrafo.
Na mente de Harari, parece básico um genitor realizar exame de DNA antes de assumir a paternidade.
7. Leia isto: “Se lhe parece um disparate [o estupro coletivo], tenha em consideração que, antes do desenvolvimento dos modernos estudos embriológicos, não existiam provas sólidas de que os bebês fossem fruto de um só pai e não de muitos”. Na mente de Harari, parece básico um genitor realizar exame de DNA antes de assumir a paternidade.

8. Em “Sapiens”, “best seller” da “lacração”, Harari dá provas de que se pode, pelo emprego de algumas pirotecnias sob forma de textos, alterar supostas histórias que ele mesmo afirma serem improváveis por insuficientes recursos, mas que não deixa de impor sua utopia como se fosse parte da um argumento científico, provável — o que não é.

9. Vale a pena dizer que ele, Harari, sendo homossexual, tende à visão de mundo na qual seja normalizada a homossexualidade, onde o homem e a mulher (ou Adão e Eva) apenas são construções culturais, embora defenda o estupro coletivo (romantizado) como marco da cultura poligâmica em “Sapiens” — em suma, um livro sobre (homos)sexualidade.
    Para referenciar esta postagem:
ROCHA, Pedro. A Romantização do Estupro Coletivo em “Sapiens”. Enquirídio. Cascais, 05 jan. 2025. Disponível em https://www.enquiridio.org/2025/01/a-romantizacao-do-estupro-coletivo-em-sapiens.html.

Postar um comentário

Botão do WhatsApp compatível apenas em dispositivos móveis

Digite sua pesquisa abaixo